SEJA BEM VINDO A NAÇÃO HIP HOP BRASIL SC

A Nação Hip Hop Brasil é a maior organização da América latina de Hip Hop. Com uma presença marcante e significativa nas principais cidades do Brasil. E como objetivo principal visa o fortalecimento da coletividade, com a ampliação da ação, discussão e fomentação cultural e social , focando a formação permanente de seus quadros para uma participação efetiva nas políticas publicas e culturais . Em Santa Catarina a Nação Hip Hop Brasil já se encontra nas principais cidades do estado, contribuindo para uma geração pensante e participativa. Temáticas e metodologias focadas na Cultura Hip Hop são as ferramentas atrativas para o levantamento dos temas sobre as problemáticas pertinentes a nossa sociedade. A Nação Mulher é um dos diversos exemplos de nucleação temática do NHHB-SC, espaço de reflexão e ação feminina que discute a problemática e assuntos relacionados às mulheres desde espaços na sociedade, direitos, saúde, organização e temas atuais. A NHHB-SC pretende, desenvolver projetos e programas que contribuam para com a sociedade, em especial a juventude da periferia, de maneira efetiva, elaborando políticas públicas que venham a atender as necessidades e demandas dessa parcela da população. Através dos elementos culturais do Movimento Hip Hop, buscaremos sensibilizar vários setores da sociedade para apoiarem projetos e programas voltados para estas idéias.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Kinha (Griôts) - O Remédio do Caos

   Conjuntamente com a divisão climática do tempo, assim também são os olhares que friamente se voltam pras favelas. Olhares que perpetuamente são carregados de preconceito, e que num dado momento se enchem de glamour e fantasia quando o assunto é brilho e batuque. É possível ouvir o ranger dos dentes no semblante de um povo que ainda encontra motivos pra sorrir, um povo que improvisa a justiça, a fome, a arte e a sobrevivência.
   É como se estivéssemos fadados a viver numa selva de pedra, onde os valores são deturpados, e a morte nada mais é do que um mero detalhe, onde monotonamente os corpos denotam o mesmo tom. O processo histórico da presente escravidão fez com que pensássemos nesta apenas como um passado remoto, e que cotidianamente inexiste qualquer forma expressiva de seu conteúdo drástico.
   Na estrutura do caos, é possível identificar a erradicação da vida e a falência da condescendência humana, que se encontra pautada no individualismo. O que já fora um valioso utensilio da mão de obra barata, socialmente permanece na mesma posição, mas com um sentido diferente, um objeto insignificante e sem importância, um objeto que na modernidade tornou-se domínio publico e caiu em desuso. Já não é preciso ir até a África pra conseguir o que se tem aqui. As ruas estão abarrotadas, os morros e favelas crescem desordenadamente, e junto com ele, na ausência do estado, a presença do poder paralelo. Conservadores eloquentes julgam aquilo que não conseguem entender, ou melhor, não querem compreender; opiniões são conduzidas e distorcidas, a ponto de fazer com que os populares peçam mais punição pro seu semelhante, para que depois a violência recaia sobre o seu próprio corpo.
   A perversidade do homem fez com que em nome de Deus fizessem guerras e escravizassem. É como se estivéssemos predestinados a esse inteiro estado de subalternidade e servidão, onde os fatos acontecessem como parte de nossos perversos desejos, e isso, é o que nos mantém na atual situação em que nos encontramos, pois nada tem a ver com o estado, o racismo ou o preconceito, e sim com a nossa falta de capacidade e organização. É como se toda essa realidade a que estamos submetidos, fosse fruto do nosso querer. Mais não tem problema, daqui a pouco é fevereiro, tudo vira festa e as raças se congraçam, para que nos próximos meses possam reviver o terrorismo nas bases de um ciclo que não se recria e não se renova. Pois muda-se o sistema, mudam-se os sujeitos, mas o modos operandi é o mesmo.

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